terça-feira, 28 de abril de 2009




Ser Professor é...

Ser professor é ser artista, malabarista, pintor, escultor, doutor, musicólogo, psicólogo...É ser mãe, pai, irmã, avó,

É ser palhaço, bagaço...É ser ciência e paciência...

É ser informação. É ser acção,

É ser bússola, é ser farol. É ser luz, é sersol.

Incompreendido? ...Muito. Defendido? Nunca.

O seu filho passou?...Claro, é umgénio.Não passou? O professor não ensinou.

Ser professor É um vício ou vocação?É outra coisa...É ter nas mãos o mundo de amanhã.

Amanhã. Os alunos vão-se...E ele,o mestre, de mãos vazias, Fica com o coração partido.

Recebe novas turmas, Novos olhinhos ávidos de cultura

E ele, o professor, vai despejando Com toda a ternura,o saber, a orientação

Nas cabecinhas novas que amanhã Luzirão no firmamento dapátria

Fica a saudade A amizade.O pagamento real? Só na eternidade.

"Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar. Depois de seduzido o aluno, não há quem o segure” Rubem Alves

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Matemática na Medicina

A Matemática está presente em diversos ramos da sociedade, profissionais de várias áreas utilizam cálculos matemáticos para aprofundarem seus estudos a fim de comprovar e relacionar situações teóricas através de números.
Uma situação Matemática muito usual na Medicina é o cálculo o IMC – Índice de massa corpórea, que é calculado dividindo o “peso” da pessoa pela medida da altura elevada ao quadrado. O IMC serve para verificar se uma pessoa está abaixo, acima ou no “peso” ideal. Veja a tabela a seguir:












O cálculo deverá ser feito da seguinte forma:

Exemplo 1
Vamos calcular o IMC de uma pessoa que tem “peso” de 90 Kg e altura igual a 1,70m.



Essa pessoa se classifica no item: Obesidade grau I.

Ovos de Páscoa


Até o século XV não existiam registros nem costumes ligados à Páscoa, mas popularmente se diz que os primeiros povos a presentear com ovos foram os missionários e os cruzados, na Europa ocidental.

Povos medievais pintavam os ovos de vermelho para representar o sangue de Jesus Cristo.
Com isso, os cristãos passaram a adotar a ideia, que se tornou uma tradição de sua cultura.

Porém, a China também tinha o hábito de presentear com ovos de pata, pintados, como celebração à vida. Mas estes não eram cozidos, não eram para o consumo.

O ovo se tornou símbolo da vida em razão da sua capacidade vitalícia. De dentro de uma casquinha tão frágil, recheada de clara e gema, sai um ser vivo. Através da ciência, foi comprovado que é uma célula e, portanto, origina vida.

No antigo Egito, na Grécia, em Roma e na Pérsia, era comum o consumo de ovos cozidos durante as festividades. Um marco desse costume era a chegada da primavera, onde as pessoas os pintavam com flores e elementos da natureza, para dar de presente.


Ovos pintados à mão e ovos enfeitados com ouro e pedrarias

Ao longo dos anos, o ovo passou a ser reconhecido como o princípio da vida, um elemento cristão que representa a ressurreição de Jesus Cristo.

O rei da Inglaterra, Eduardo I, passou então a presentear a realeza com ovos banhados a ouro e decorados com pedras preciosas.

Curiosamente, as pessoas foram mudando os ovos, dando a eles características mais bonitas e ricas, além de recheios saborosos, para presentear os entes queridos.

Somente no século XVII surgiram ovos mais interessantes, como os recheados de chocolate e bombons.

A primeira fábrica de chocolates surgiu em 1819, criada por François Louis Cailler. Mas somente no século XX, em 1960, que surgiram os primeiros ovos industrializados, feitos de plástico, também recheados de bombons e chocolates.

Com o passar dos anos, com a criação do comércio e a obtenção de lucro, foi que o produto ganhou aperfeiçoamento e qualidade, tornando-se mais saboroso e com recheios mais variados.

Hoje em dia podemos encontrar uma grande diversidade de ovos, a fim de agradar os mais diversos gostos. Existem ovos para crianças, recheados com brinquedinhos; ovos para casais, recheados com bombons de morango e em formato de coração; ovos personalizados, recheados com presentes especiais; dentre outros.

O importante é não esquecer que o ovo é símbolo da ressurreição de Cristo, que representa a vida e por isso faz parte da festa da páscoa.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ser professor: um compromisso ético


Na minha caminhada como professor, tenho presenciado coisas boas e ruins, convivência em ambientes saudáveis e doentios, com gente decente e outras nem tanto. Vi, de perto, os danos incalculáveis que uma pessoa despreparada e com deficiências de caráter pode causar ao ambiente educativo. Convivi com professores extremamente humanos e profissionais, mas também vi inúmeros miseráveis maculando o sagrado espaço do magistério. Gentes que poderiam, até, após intenso tratamento, exercer outros ofícios, mas nunca a missão sagrada de professor.

É muito cômodo, quando se é professor, fingir para si mesmo que certos sintomas, apresentados por alguns alunos, sejam apenas manifestações de rebeldia, de indolência, preguiça, pouca inteligência ou falta de interesse. É certo, infelizmente, que número significativo de professores se distancia de tais problemas por falta de conhecimento de como lidar com os alunos. Todavia, é importante refletir que se não somos psicólogos, precisamos, ao menos, aprender a reconhecer esses sintomas para encaminhar o estudante a profissionais que possam atendê-los, auxiliá-los e tratá-los adequadamente. Se assim não se faz, o amanhã assistirá a proliferação de casas de detenção, hospitais psiquiátricos, casas de recuperação etc.

Não é difícil notar que ser professor não é fácil, ainda para aqueles que fazem desse ofício mais que ensinar conteúdos e formas adequadas de agir. Pois o mundo de hoje necessita mais de humanidade do que de conteúdos teóricos. Por isso a escola, seja ela do ensino fundamental ou superior, deve ter em primeiro plano a pessoa humana, que lida com a outra, depois a formação profissional dos agentes educacionais e, ainda, conhecimento do profissional que está treinando, preparando para a vida. Assim, antes dos conteúdos pedagógicos, deve lapidar a pessoa humana, incutindo-lhe ensinamentos basilares à vida social, tais como respeito, harmonia, integridade, amor.

Logicamente, a conscientização de que não se deve mentir, roubar, matar, levantar falso-testemunho, atraiçoar, faria diminuir, sensivelmente, as misérias humanas e, num futuro mais próximo, poderíamos sonhar em ter no magistério somente aquelas pessoas que pudessem realmente ensinar na leitura e compreensão do mundo e, em especial, ser exemplo de conduta aos alunos. Seria uma forma segura de construir um mundo melhor, pois seja como seja, o PROFESSOR É O EDUCADOR DO MUNDO!

Agora, se o sistema educacional brasileiro insiste em treinar pessoas para se tornarem débeis obedientes, então ensinem conteúdos descontextualizados e regras de comportamento ao gosto desta ou aquela moral – que é sempre relativa a um ou outro grupo de interesses ideológicos. Porém, se querem formar cidadãos, é preciso mais que apostilas e regras de conduta. É preciso constituir um espaço democrático no qual todos tenham efetivamente as mesmas responsabilidades, os mesmo incentivos, as mesmas punições ou sanções, quando necessário. Formar cidadãos é mais que inserir o educando na sociedade, é muni-lo de condições de intervir consciente e positivamente nos rumos da história. E, nessa direção, a boa leitura é trilha segura. Não somente a leitura das letras e sim, especialmente, a leitura da vida, do outro, das pessoas, das coisas do mundo.

Serão esses pensamentos utópicos? Acredito que não. É perfeitamente possível realizá-los na prática escolar. Indagam-se, então, quem quer cidadãos conscientes? Não é melhor ter escravos que fazem tudo certinho, conforme foram mandados? E é melhor para quem? Para mim, tenho certeza que não, pois essa indecência, essa mentira, essa falta de humanidade me envergonha, me angustia diariamente. Sou professor não porque quero que os estudantes pensem e repitam o que penso, mas porque desejo que aprendam que podem pensar e decidir os rumos de suas próprias vidas.

Sou professor, não por que gosto de falar e ser ouvida, mas porque quero ouvir e questionar, e ensinar a questionar cada vez mais, cada vez mais profundamente. Não estou para ditar regras, mas para refletir sobre o nosso papel na vida social, com objetivos claros e razões simples. Sou professor porque ensinando aprendo: aprendo que não sei tudo, aprendo que ainda tenho muito a aprender, aprendo que preciso me aperfeiçoar, que preciso fazer melhor da próxima vez.

Como professor de matemática, sistematicamente, ouço a mesma pergunta: para que serve a matematica, pra que ser isso? E sempre respondo: não serve para comprar carros, jóias, casas, roupas caras; não serve para conseguir um emprego que te pague R$ 10.000,00 por mês; serve apenas para que você aprenda a não aceitar suas misérias, pois se você se tornar consciente de tudo que te cerca, se aprender a ler o mundo, a vida, as pessoas, saberá investigar o que é legítimo e o que é ilegítimo e, assim sabendo, poderá tomar decisões responsáveis, mesmo que não sejam as mais acertadas. Mas, se assim fizer, não poderá usar a desculpa de que as tomou por ter sido enganado, por ignorar o que era correto.

Então, a responsabilidade é de cada um. Para muitos – aqueles arrogantes que só acertam – isso se chama fraqueza, para mim isso se chama Ética. Mas quem quer ser ético? É mais fácil ser moral. A moral é móvel, muda conforme o contexto e conforme os interesses de cada indivíduo ou grupo. A Ética deseja ser perene, pois parte de princípios que buscam a universalidade e que, portanto, são desejáveis para TODOS. E nós, professores, devemos primar, sempre, pela ÉTICA.